terça-feira, 1 de maio de 2012

UM MUSEU DIFERENTE EM ISTAMBUL NA TURQUIA



O prêmio Nobel turco de Literatura Orhan Pamuk inaugurou  em Istambul seu "Museu da Inocência", um estranho espaço dedicado à memória de personagens fictícios saídos de seu último romance, mas que também fala de emoção literária e da vida em Istambul. 
 No total, 83 vitrines --uma para cada capítulo do romance "O Museu da Inocência", publicado em 2008 -- reconstituem passo a passo o amor impossível de Kemal, um istambulita de uma família abastada prestes a se casar, por Fusun, uma prima distante pobre, na Istambul dos anos 1970.Este amor de Kamal vai se transformando, no decorrer dos capítulos do romance, em uma adoração fetichista dos objetos relacionados a sua amada, e que hoje são exibidos no museu: do brinco perdido de Fusun a seu vestido, para terminar no quarto onde o herói contou sua história ao escritor."Escrevi este romance colecionando, ao mesmo tempo, os objetos que descrevo no livro", afirmou Pamuk em uma entrevista coletiva à imprensa para apresentar o museu.Para o romancista, ganhador do Nobel em 2006, o interesse do museu não está tanto na natureza de cada objeto exposto, e sim em sua capacidade de despertar uma emoção similar à da leitura. De início aceitou o financiamento, porém depois assumiu toda a gestão econômica do museu. Não deixa de ser uma vitrine da memória que é perpetuada pela construção ou seja o seu primeiro romance é a inspiração e o conteúdo da edificação. 

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