sábado, 30 de outubro de 2010

KITSCH?

Personne ne le revendique, mais le mélange incongru des styles et des époques parcourt arts et spectacles.

Philippe Katerine. (Barclay/Universal Music)
Kitsch? Guy Cogeval, président du Musée d'Orsay
, ose le mot pour définir l'art pompier de Jean leon Gérôme. Il propose actuellement une rétrospective sur ce peintre académique du XIXe siècle. Et la fréquentation démarre fort: plus de 3000 visiteurs par jour. Non loin, au Musée du quai Branly, on préfère l'expression voisine et plus récente de «bling-bling» pour caractériser le goût des marchands chinois d'Indonésie présenté en ce moment au rez-de-chaussée (16.600 visiteurs, soit plus de 1100 par jour). Les objets brillent de perles multicolores et les rivières de diamants ressemblent à du strass. Quant au mobilier de ces intérieurs bourgeois, ils mêlent art mandarin surchargé et lignes occidentales. Difficile de trouver plus incongru. Mais ce kitsch-là naît dans notre regard. Il est largement involontaire.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

PÓS-MODERNIDADE - RELAÇÕES E DIFERENÇAS



Entre as sociedades pós-modernistas, existiam diferenças em relação à arte.
Foi mudada, destruída, a estética tradicional, e impunha-se a representação realista da realidade, que supunha que a literatura ou a pintura espelhava ponto por ponto o real.
A arte devia ser uma ilusão perfeita do real.
O modernismo é a crise da representação realista do mundo e da arte.
Novas linguagens deveriam surgir, para não apenas representar mais interpretar livremente a realidade, segundo sua visão, diferenciando a arte da realidade.
Esta linguagem deveria ser nova e não imitativa, onde daí nasce o formalismo e o hermetismo da arte moderna, que são um jogo de formas inventadas.
Elas não se referem, deformando ou banindo o real, ela cria formas novas e auto referenciadas, elas formam seus próprios assuntos, como: Linhas, cores, volumes e composição.
Os modernistas não estavam sós à frente “do novo”, estavam também contra ao publico burguês, eram boêmios, bizarros e críticos, queriam e gostavam de “aparecer”, expunham suas emoções e suas visões subjetivas e declaravam-se anjos condutores da humanidade.
Foi na época das guerras que os expressionistas explodem seus sentimentos, em borrões, os surrealistas dão vida ao sonho com humor ou terror, na poesia quebram a sintaxe, usam imagens irracionais, soltam as palavras em liberdade. E os enredos realistas, na música, injetam harmonias dissonantes onde na primeira audição são desagradáveis.
A arte modernista se resume como uma arte irracional, emotiva, humanista.
Na arquitetura a escola Bauhaus, fará triunfar a racionalidade funcional contra o ornamento clássico, projetando com ferro, concreto, vidro, e ângulos retos, as megalópoles atuais.
Com o passar do tempo a impulsividade modernista havia perdido o seu impolamento inicial, a sociedade industrial incorpora no design, na moda, nas artes gráficas não só a estética como o culto do novo pregado pelas vanguardas, era usada em objetos, literatura, decoração; a assimetria e desenhos abstratos.
Foi com o descaso da sociedade de massa que surgiu a arte Pop, que foi contra o subjetivismo e o hermetismo, surgindo assim a primeira bomba pós-moderna.
Convertida em antiarte, ela abandona museus, galerias, e teatros e é lançada nas ruas com outra linguagem, assimilável pela massa, onde é passada a dar valor a arte “banal” cotidiana, como os gibis, rótulos, sabonetes, fotos, anúncios,...
Na pintura e na escultura Pop, houve a fusão da arte com a vida, onde não queriam representar o realismo, e nem interpretar, mas mostrar os verdadeiros objetivos.
A antiarte é a desestetização e a desdefinição da arte, ela abandona a beleza, a forma, o valor ao supremo e eterno e ataca a própria definição, utilizando matérias do cotidiano e abandonando os convencionais.
O artista Pop dilui a arte na vida porque a vida já esta saturada de modelos estéticos massificados.
A antiarte é uma ponte entre a arte culta e a arte de massa, pela singularização do banal, ou pela banalização do singular.
Ela também revive o dadaísmo, pois o importante era o gesto, o processo inventivo e não a obra.
A antiarte é participativa, o público reagindo pelo envolvimento sensorial, corporal, pois ela se apóia nos objetos, na matéria, no momento, no riso e não somente no homem, ela ´e pouco critica, não aponta valores.
Na literatura, o pós-modernismo prolonga a liberdade de experimentação e invenção modernista, mas com algumas diferenças do modernismo, pois eles queriam a destruição da forma romance e querem a o pastiche, a parodia, o uso de formas gastas e de massa, surgi o nouveau roman que destrói a forma romance banindo o enredo, o assunto e o personagem
A literatura pós-moderna é intertextual, para lê-la, é preciso conhecer outros textos.

domingo, 24 de outubro de 2010

ITÁLIA LIBERA 14 MILHÕES DE EUROS PARA A CRISE DO LIXO


ROMA — O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, anunciou nesta sexta-feira a liberação de 14 milhões de euros para o município de Terzigno, perto de Nápoles, para tentar resolver o problema do lixo na região depois dos protestos dos moradores contra a abertura de um novo aterro sanitário.
"Esperamos que a situação se normalize em 10 dias", afirmou Berlusconi após uma reunião de emergência celebrada em Roma.
O governo italiano informou ainda que o depósito de lixo Terzigno será administrado pela Proteção Civil, ou seja, diretamente pelo Estado, e não mais pela empresa privada Asia como acontecia até agora.
"Autorizamos 14 milhões de euros para Terzigno", declarou Berlusconi.
Os moradores da área de Terzigno protestam há semanas para impedir a apertura de um novo lixão, já que o aterro atualmente em funcionamento, um dos maiores da Europa, está saturado e emana odores nauseantes.
O diretor da Proteção Civil italiana, Guido Bertolaso, deve viajar à região nesta sexta-feira para administrar a situação, como aconteceu há três anos, quando toneladas de lixo ficaram nas ruas da cidade de Nápoles, gerando uma crise social e política sem precedentes para o então governo de esquerda de Romano Prodi.
"A saúde da população não gera preocupação neste momento", afirmou Berlusconi, que se baseou em um relatório do ministro da Saúde, Ferruccio Fazio.
"Em 10 dias o aterro de Terzigno deixará de exalar os odores e fedores que preocupam a população", disse o premier.
Montanha de lixo, resíduos de comida e dejetos são vistos nas ruas do centro de Nápoles, tal como em 2007 e 2008.
A capital do sul da Itália está há 16 anos em "estado de emergência de resíduos" pela falta de incineradores e locais para o descarregamento, assim como pela falta de seleção prévia do lixo, o que agrava o problema.
Muitos suspeitam ainda que a máfia napolitana, a Camorra, se infiltrou no lucrativo mercado do processamento de dejetos

sábado, 2 de outubro de 2010

O CRÍTICO VICENTE DE PERCIA REVISITA TEORIAS DA ARTE

Observar a arte revisitando suas teorias

Teorias podem ser revistas para poderem traçar opiniões referentes que menosprezem a arte como um valor universal anistórico, os posicionamentos marxistas citam pensamentos em que as origens da arte estão inseridas em uma postura burguesa. Os conceitos estéticos podem ser vistos no prazer despertado no ritmo e na perspectiva. O sentido estético depende de instrumentos e a história identifica a evolução desta postura. Não se pode descartar o refinamento burguês que também atende a arte decorativa e é um processo socialmente impulsionado pelos diferentes grupos. A sedução do objeto, da indumentária, dos adornos são espelhos da natureza, a existência artística surge espontaneamente e diferencia o homem através das suas múltiplas interpretações caracterizando o individual que difere um ser do outro.
Lukács um dos elementos ligado ao marxismo e diante do seu grande interesse pela estética não conseguiu como gostaria se dedicar à história da arte. Voltado para a teoria do materialismo estético: os “refinamentos” burgueses serviram como um freio para as suas classificações, no caso seu posicionamento em relação à arte decorativa difere dos trabalhos estéticos, enfatiza que este contém conteúdos sensíveis, éticos. A investigação de Lukács mostra que ele, a priori, já tem uma ideia formatada da arte. É necessário que um conceito seguro passe com neutralidade por tópicos tais como: ciência, religião, prazer, etc, em vez de só centralizar as pesquisas em cima de decisões explicativas. Dentro destes posicionamentos pode-se afirmar que a arte não é uma ciência, em vista de ela ser imparcial e objetiva. No tocante a questão da ética ela está compromissada com o bom e instrui o bem. A predominância de uma relação burguesa nas artes significa que suas teorias são veículos de uma pratica dominante, influencia uma estrutura mental apesar de que os processos de uma sociedade capitalista nem sempre satisfazem à burguesia.
A visão normativa de Lukács voltada para teorias realistas da arte obtém uma análise envolta no Realismo socialista. Até que ponto pode-se desvincular o fator histórico e afirmar que a arte propriamente dita é aquela que está de acordo com um Realismo crítico de cunho socialista? A arte deve ser vista na sociedade contemporânea em constante confronto com a forma de vida, um sistema que está à mercê de intenções além da finalidade formativa que ela poderia exercer no sentido de implantar o senso crítico e ir de encontros passageiros e estratégicos onde o ganho é a meta. A arte não pode ser vista apenas como um título, ela é o resultado de andamentos. Os crescimentos da tecnologia, da ciência aplicada por vezes contribuem para caminhos poucos significativos que alienam a todos através de um sistema conceitual sem conteúdo, descartado e legitimado por uma sociedade burguesa que em outras palavras transforma a “vida cultural” em condições tais, que o legado da organização social nos mais simples afazeres e satisfação são abandonados.
Como desenvolver o interesse pela arte sem permitir que o belo divida espaços com as mudanças sociais e confrontos existentes, com a divisão de um cerco que tem posições particulares sobre a arte; até que ponto a arte representa opiniões pré- estabelecidas? Dialogar com Lukács, assim como as primeiras teorias da arte traz a flexibilidade de poder argumentar em relação aos novos desafios.