domingo, 29 de abril de 2012

REPENSAR A ECONOMIA E A NATUREZA




Por Patricia Fachin, Luana Nyland, Natália Scholz.
Embora tenha sido possível produzir bens de consumo emitindo 21% a menos de gases de efeito estufa e consumindo 23% menos materiais, o crescimento econômico mundial foi tão expansivo, nas últimas duas décadas, que os esforços econômicos e ambientais não surtiram efeito. Com base nessas informações, e partindo de uma posição moderada, nem pessimista nem otimista demais, o professor da USP, Ricardo Abramovay (foto abaixo), destaca que, no atual período de transição para uma economia de baixo carbono, os desafios para o planeta atingir a sustentabilidade perpassam por mudanças não só na forma de produzir bens de consumo e serviço, mas também de repensar a Ciência Econômica.
Essas foram as discussões centrais da palestra que Abramovay ministrou na Unisinos, na última quarta-feira, 12-04-2012, participando do Ciclo de palestras Rio+20, promovido pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU. Apesar de ser favorável ao conceito de economia verde, um dos temas centrais a ser abordado na Rio+20, ele é enfático: “Reconhecer a importância das inovações tecnológicas embutidas na ideia de economia verde não significa dizer que a economia verde e, muito menos o suposto crescimento verde, são capazes de resolver os problemas do século XXI”. Para ele, a desconfiança que os diferentes participantes da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável têm em relação à efetividade da economia verde “tem razão de ser”. E esclarece: “Essa desconfiança só será atenuada caso se consigam associar as inovações tecnológicas da economia verde – que são importantes e necessárias, a partir da ideia de limites e luta contra as desigualdades”.

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