segunda-feira, 25 de outubro de 2010

PÓS-MODERNIDADE - RELAÇÕES E DIFERENÇAS



Entre as sociedades pós-modernistas, existiam diferenças em relação à arte.
Foi mudada, destruída, a estética tradicional, e impunha-se a representação realista da realidade, que supunha que a literatura ou a pintura espelhava ponto por ponto o real.
A arte devia ser uma ilusão perfeita do real.
O modernismo é a crise da representação realista do mundo e da arte.
Novas linguagens deveriam surgir, para não apenas representar mais interpretar livremente a realidade, segundo sua visão, diferenciando a arte da realidade.
Esta linguagem deveria ser nova e não imitativa, onde daí nasce o formalismo e o hermetismo da arte moderna, que são um jogo de formas inventadas.
Elas não se referem, deformando ou banindo o real, ela cria formas novas e auto referenciadas, elas formam seus próprios assuntos, como: Linhas, cores, volumes e composição.
Os modernistas não estavam sós à frente “do novo”, estavam também contra ao publico burguês, eram boêmios, bizarros e críticos, queriam e gostavam de “aparecer”, expunham suas emoções e suas visões subjetivas e declaravam-se anjos condutores da humanidade.
Foi na época das guerras que os expressionistas explodem seus sentimentos, em borrões, os surrealistas dão vida ao sonho com humor ou terror, na poesia quebram a sintaxe, usam imagens irracionais, soltam as palavras em liberdade. E os enredos realistas, na música, injetam harmonias dissonantes onde na primeira audição são desagradáveis.
A arte modernista se resume como uma arte irracional, emotiva, humanista.
Na arquitetura a escola Bauhaus, fará triunfar a racionalidade funcional contra o ornamento clássico, projetando com ferro, concreto, vidro, e ângulos retos, as megalópoles atuais.
Com o passar do tempo a impulsividade modernista havia perdido o seu impolamento inicial, a sociedade industrial incorpora no design, na moda, nas artes gráficas não só a estética como o culto do novo pregado pelas vanguardas, era usada em objetos, literatura, decoração; a assimetria e desenhos abstratos.
Foi com o descaso da sociedade de massa que surgiu a arte Pop, que foi contra o subjetivismo e o hermetismo, surgindo assim a primeira bomba pós-moderna.
Convertida em antiarte, ela abandona museus, galerias, e teatros e é lançada nas ruas com outra linguagem, assimilável pela massa, onde é passada a dar valor a arte “banal” cotidiana, como os gibis, rótulos, sabonetes, fotos, anúncios,...
Na pintura e na escultura Pop, houve a fusão da arte com a vida, onde não queriam representar o realismo, e nem interpretar, mas mostrar os verdadeiros objetivos.
A antiarte é a desestetização e a desdefinição da arte, ela abandona a beleza, a forma, o valor ao supremo e eterno e ataca a própria definição, utilizando matérias do cotidiano e abandonando os convencionais.
O artista Pop dilui a arte na vida porque a vida já esta saturada de modelos estéticos massificados.
A antiarte é uma ponte entre a arte culta e a arte de massa, pela singularização do banal, ou pela banalização do singular.
Ela também revive o dadaísmo, pois o importante era o gesto, o processo inventivo e não a obra.
A antiarte é participativa, o público reagindo pelo envolvimento sensorial, corporal, pois ela se apóia nos objetos, na matéria, no momento, no riso e não somente no homem, ela ´e pouco critica, não aponta valores.
Na literatura, o pós-modernismo prolonga a liberdade de experimentação e invenção modernista, mas com algumas diferenças do modernismo, pois eles queriam a destruição da forma romance e querem a o pastiche, a parodia, o uso de formas gastas e de massa, surgi o nouveau roman que destrói a forma romance banindo o enredo, o assunto e o personagem
A literatura pós-moderna é intertextual, para lê-la, é preciso conhecer outros textos.

Um comentário:

Leise Paim disse...

Gostei muito deste texto. Resume, de forma clara, objetiva, esclarecedora, a arte dos séculos vinte e vinte e um.