domingo, 6 de junho de 2010

BILL HARP: A ANTIARTE COM MUITO ALARDE,PORÉM SEM CONTEÚDO

A ANTIARTE COM MUITO ALARDE,PORÉM SEM CONTEÚDO
A preocupação em mudar os os suportes tradicionais da arte foi uma maneira que a grande maioria dos artistas plásticos optaram para serem chamados de contemporâneos, com isto abriu-se precedente para o surgimento do objeto/arte e uma avassaladora "experimentação de dizeres".
No início da década de 70 apareceram materiais como o acrílico, entre os diversos que a industria oferecia. Foi sem dúvida, um dos preferidos de todos os artistas,inclusive seduzindo àqueles que já estavam legitimados no Circuito da arte.
O Dada, a Antiarte, já tinham fincado desde os primórdios do séc XX conceitos que levariam a nova ocupação do espaço, surgia uma liberdade condizente com a anunciação da técnologia.
Marcel Duchamp após concluir que não seria um bom pintor resolveu filosofar através da arte. Da mesma forma que seu predecessor Andy Wahrol, este com uma significativa produção por vários atelieres utilizou-se de construções já conhecidas na arte como: a fotografia, a tela, desenho, etc. Ambos sabiam o quanto o campo das artes plásticas poderia ser invadido por "teórias" principalmente Duchamp que fez seu nome dentro deste objetivo - especulações para obtenção de lucro fácil e imediato diante de uma sociedade instável onde a dinâmica da vida era perceptiva por todos.
Era o descatar da linguagem para compor um sistema onde a expressiviadade era, justamente não possuir linguagem, em suma:cada obra teria uma linguagem onde o domínio dos meios materiais e intrumentais não seriam necessários. Aboliria-se a técnica, o estudo específico da tarefa artistica em prol da utilização de meios fáceis - o dizer de cada um sem maiores compromissos,o cotidiano. Era a anunciação do que viria.
O Objeto surge com a intenção correta, há registros de boas composições incluisive no objet trouvé surrealista,porém o Surrealismo que fez rupturas com a arte se expandiu por vários campos como a literatura, o teatro, o cinema,etc. O manifesto surrealista de André Breton ativou o pensamento, seduziu intelectuais entre eles Max Ernest, Dali, Bunuel.
De fato o " momento atual" começa nos anos 70 segue pelo séc XXI. As regras foram abolidas, não há parâmetros, o "descontruir" é a bola da vez,a imaginística desvairada e subjetiva se instala no processo de "criação"- a meta é o imediatismo e o ganho fácil, principalmente pelos intermediários da arte Recentemente, incluso em projeto de pesquisa nos arredores de New York constatei a total passividade do espectador diante da chamada "arte contemporanea". Achavam bom,mais não sabiam o porquê, na verdade tinham receio de serem excluídos por afirmar que não entediam o que estava vendo era confessar o despreparo segundo eles em relação à compreenção da arte. Um dos espaços abrigava várias bicicletas desmontadas e suas peças ocupavam aleatóriamente a galeria. Suspensa em um trapézio uma "atriz" balançava-se lendo trechos de filósofos gregos. Ficou claríssimo nos subssídios colhidos na pesquisa que os presentes não interagiam com a "idéia" proposta ou seja não compreendiam o que estavam vendo. Eram passivos.
Alguns afirmam que Marcel Duchamp, também se inspirou nos cubistas.ao contrário desta afirmação, a partir domomento que o artista pode mandar executar a obra desconhecendo o processo artístico significa que não hove interação com a arte.Ser novo não é ser alienado e a experiência e os questionamentos no processo da tarefa artística são vitais. Conhecer a "teória do caos"por ouvir falar, não dá respaldo para ter total désdem com a vida e a natureza. É ser sim um ser caótico.
Bill Harp 29 de maio de 2010 , New York -Trad ução: Justinée Jeff

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