A comunicação pode ser feita sem
criatividade? Trata-se de uma pergunta pertinente, principalmente para quem
acompanha a atuação da mídia? Há vínculos entre cultura e comunicação que se
destaque ou pelo menos se aproxime de um questionamento embasado? Sistemas ou
meros pronunciamentos exercem poderes para desvendar as barreiras e as inter-relações
em relação à psicologia e aos objetivos da criatividade e da comunicação? Como
desvendar e aplicar corretamente a comunicação que não tende a ser nociva e seja
um bom atalho para promover e incentivar à criatividade (sistemas verbais e não
verbais)? Essas séries de perguntas são motivadoras para que o público em geral
possa chegar a um consenso, em relação a
esse final e início de século.
Definir cultura nos tempos atuais,
por incrível que pareça se tornou um quebra cabeça movido por conceitos tão
diversos e complexos que dá inveja a qualquer palco de plenário ou púlpito de
pregações. Tanto faz que a transmissão de conhecimento seja
explicita ou implícita o importante é que reflita o desenvolvimento da ideia e
vá ao encontro do seu objetivo.
Existem fatores prejudiciais nos
quais a omissão de não divulgar fatos pertinentes aos acontecimentos com isenção
de opinião é um retrocesso indescritível. A maioria das organizações aplicam
suas censuras mediantes seus comprometimentos econômicos e os grupos de
empregados existentes nesses meios são reféns de uma atmosfera de desconfiança,
insatisfação causada por pautas e segmentos pré-elaborados sem prévia discussão.
Os que se rebelam sofrem um tombo
profissional fora as consequências sócias psicológicas – uma entorse cuja dor
constante o coloca diante de uma inércia rudimentar.
No tocante à pluralidade dos posicionamentos
acerca do conceito de cultura se estabelece inicialmente que a criatividade seja
como a nascente para fluxos e refluxos dos seus afluentes os quais propiciam o
crescimento de outros fenômenos e metas, entre eles as representações
simbólicas do homem; as ciências e o existencial no qual as tradições
visibilizem componentes essenciais da natureza.
A mídia hoje nomeia seus informantes,
em larga escala, e não estudiosos conhecedores do assunto. A maioria é chamada de “celebridades” e não
tem o mínimo conhecimento acerca da matéria em questão. Cumprem com suas “obrigações”, horários - é
burra, pior que o ignorante e descompromissada com a verdade. É a solução imediata e “correta” existente
posta em pratica para uma audiência desejada. Algo que não se pode omitir é o marketing aplicado
em todas as estruturas da comunicação, pois é o alicerce que promove e acelera
o faturamento de uma organização. As metas sociais são meras alegorias que ajudam
justificar outros fatores de índoles escusas.
A criatividade e a comunicação não
são similares mais caminham paralelamente para o mesmo fim. São tanto envolventes
quanto apolíneos; salutares ou denunciadores na medida em que possam ser vistos
admirados, assimilados e com isso devem espelhar a expressão do indivíduo que
traz no bojo o testemunho da vida aliado aos seus sentidos.
O potencial de cada um demostra as diferenças
e estabelece conceitos. Nesse antelóquio leva-se em consideração o individual, as
metáforas e analogias perante o tema. As estratégias e os conteúdos utilizados
seguem-se em vários direcionamentos em sentidos (transversal, vertical,
horizontal) e possibilita o Ser a interagir mediante as várias ferramentas e
instrumentos para expressar a maneira concreta das relações existentes e
concluir sua tarefa.
2 comentários:
Percebemos bem nesse ensaio a destreza e o senso de humor do crítico, escritor Vicente de Percia. O enfoque acerca do que é comunicação e criatividade acoplado ao conceito de cultura é perfeito. Um texto seguro e vital no acervo da arte.
Perfeito. Um desenvolvimento do assunto com perfeição e estilo
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