quarta-feira, 26 de março de 2014

O Efeito Globalizador nos Horizontes da Arte

Por Vicente de Percia
   
     Em todo fim de ano,é de praxe os meios de comunicação fazerem    reprises dos acontecimento.  torna-se habitual àqueles que prendem a opinião pública. Os argumentos utilizados não se ficção  em aspectos formativos ou em notícias que tendem a implantar o hábito de um senso crítico Tal fato ocorre porque diante de um receptor acostumado a engolir o que lhe é imposto,ele aceita a informação com passividade e atende ao imediatismo do consumo. O elemento emotivo e "sensacional"  torna-se  o preferido,sempre realizado através de discursos repetitivos, praticamente inclusos em todos os meios de comunicação.Em verdade, esta postura adotada só vinga porque a generalização da imagem e da informação não foge ao imediatismo ( sujeito é imagem)  e adere ao acúmulo de notícias que devem ser mostradas,sendo a grande maioria delas irrelevante.De fato, não propicia   atitudes que deveriam criar métodos para educar e servir  como  estratégia motivadora,   indispensável para despertara reflexão questionadora   Estes discursos passam então,  a ser, com frequência, pertinentes com todos os seus atributos de linguagem reiteradas Consequentemente,nisso já se denuncia o efeito globalizador repleto de "normas" que transformam  o texto em um produto de ganho fácil, supérfluo,utilizado, normalmente  por um longo período pelos tentáculos da mídia para uniformizar consciências.Tem-se, aí,uma propaganda  direcionada com intenções pragmáticas objetivando  o  consumo e o "convencimento da coletividade.

    A axiologia de "valores" volta-se   apenas para atrair o espectador e este posicionamento    é adotado  sem restrições.Não visa a   liberar novas inserções de aprendizagem, pois criar uma notícia,   mesmo  consistente,  é um risco. Vê-se, também,   que isso  ocorre em outros segmentos da cultura.No caso específico da Arte, nota-se  esta mesma "unanimidade" ,impositiva e massificadora , que impede que a expressão artística surja fora de uma sistematização dominadora.Portanto,    que sua existência deva  passar pelo cotidiano, engajada aos fatos do mundo. e traga um somatório de informações capazes   de identificar pretensas rupturas ou o olhar seja voltado para um individual consistente. 
 Portanto,é necessário observar  o mundo,de forma que sejam visualizadas  outras janelas através das quais  os assuntos insiram sobre a sociedade na sua estrutura orgânica e sensível.  buscando-se  o diálogo e a reflexãosem massificações sociais.  
  Este processo representa a castração brusca em relação ao desenvolvimento desejado - intuição e trajetória cultivadas e  postas de lado. Apesar das crises nos relacionamentos do Homem com o Homem e com a organicidade do mundo,desejamos  um futuro melhor. Temos acesso somente a poucas formas de comunicação que ressaltem um olhar diferenciado advindo de tentativas com erros e acertos.Contudo,  o oposto deve ser observado, também como alertam  as notícias herméticas e  pretensiosas que colocam  o leitor contra a parede ao conferirem à   obra de arte o status quo de também     consentir em entrar"no jogo para não se sentir excluída.
 Estes argumentos comprometidos, buscam criar mitos, personalidades e uma qualificação quantitativa profissional que afasta a possibilidade de se fazer uma investigação coerente. Com isto,  o receptor sente-se aprisionado e para  não ser minimizado consente e aceita   a informação,mesmo que ele não a compreenda. Ativar um novo experimento que mexa com valores e que componha um corpo em um processo de criação torna-se um instrumento de sedução para aproximar o público.Afinal, parece-me ser este   o significado verdadeiro    da cultura.
 A estratégia discursiva globalizante produz uma falsa verdade, visto que a relação entre realidade e linguagem não condiz com a essência da Arte,   tão relevante como a própria vida. Calcar só sobre um aspecto com funções conotativas estabelece uma dicotomia e denuncia os interesses que estão por detrás da dinâmica deles. “A Arte Nasce do Novo"constitui   um chavão acadêmico, pois este "novo"  é repetitivo e não dá chance  para que o indivíduo use a sua sedução para expandir livremente sua sensibilidade em múltiplos sentidos. 
  Segundo penso, existe um magiscísmo, por intermédio do qual   os impulsos do artista possam exteriorizar  suas peculiares diferenças.E, inclusive traduzir o   que o Homem pensa ser uma obra estética, assim como   a questão do Belo entre vários tópicos em torno da Arte diante das coerções e ditames planetários.  Pontuações sobre a imagem artística não podem ser decididas por meio de “acordos"pragmáticos.Sem dúvida,o que importa é que a ideia do  valor pessoal, intrínseco se presentifique, em liberdade,  mediante os  mais variados segmentos da natureza humana.