quarta-feira, 25 de maio de 2011

AS ARTES VISUAIS PRESENTE NA FEIRA INTERNACIONAL DO LIVRO.

A obra, batizada de "Torre de Babel de Livros", é de autoria da artista plástica argentina Marta Minujín, que reuniu mais de 30 mil exemplares de 54 países, inclusive do Brasil, como informou a assessoria de imprensa do governo de Buenos Aires.
"É importante que todos venham (ver) porque esta é uma obra de participação maciça", disse Minují
Para reunir tamanha quantidade de livros, ela contou com edições doadas pelas embaixadas e por moradores de Buenos Aires, que entregaram seus exemplares durante dois meses nas várias livrarias da cidade.
"A ideia foi transformar a torre num veículo da cultura, unificando o mundo através dos livros", afirmou a artista. Ela disse que a realização da obra foi como "um milagre" artístico que "entrará no imaginário coletivo".
José Mraia Mejhias member da Bow Art International foi o representante escolhido para divulgar as editorações da B.A.I.

terça-feira, 24 de maio de 2011

CRÍTICA LITERÁRIA - OBRA DE SÉRVULO SIQUEIRA


Fragmentos de um Botão de Rosa Tropical, 205 págs, 2010, Rio de Janeiro, de Sérvulo Siqueira, edição do autor.

Imerso em uma árdua e satisfatória pesquisa o crítico e cineasta Sérvulo Siqueira mostra que as informações nem sempre são verdadeiras. Os motivos são vários e partem desde meros monólogos até o desejo de sair à frente para suprir o desejo de inovar. A estada de Orson Wells no Brasil possui inúmeras versões, um “mistério” acerca do seu inacabado filme Its All True. A pesquisa de campo em função deste enigma serviu de motivação para o autor realizar sua pesquisa desde 1962 até 1983 como informa a orelha deste livro.
Vejo Sérvulo como um personagem incluso na sua obra, recorrendo a documentos, fotografias e sujeito a revisar nesta trajetória sua obra e a de Wells. Seu objetivo é parceiro de arquivos que fornecem fatos relevantes para a história do Cinema. Certamente, este processo se arrastou aprofundando os laços entre Sérvulo e Orson e este encantamento com seus vaivens, surpresas não se restringe, somente em mostrar a verdade, vai muito além, pois estabelece uma estratégia motivadora no leitor. Para assumir a primeira pessoa conduz o visitante leitor pelos labirintos que um dia marcou a chegada e a partida do cineasta e o seu sonho que não é sonho e sim as galerias dos documentos e o cotidiano.
Como leitor e propondo-me a fazer um chamamento: palavras que substituí em relação à crítica vão de encontro de um opus para deixar registrado o entrever que narra com entusiasmo e coerência “alguns fatos obscuros, mal explicados ou propositalmente distorcidos”. O livro: “Fragmentos de um Botão de Rosa Tropical” não é um brado indignado é mais que uma fonte de pesquisa, coleciona ambiências, os múltiplos segmentos que formam um elo para adequar a ideia formatada do autor, certamente a polêmica é dita de outra maneira; a polêmica revitalizada que garante a imparcialidade, porque estimula à diversidade que orienta e abre possibilidade ao diálogo e esclarecimento.
Vicente de Percia
Escritor/Crítico de Arte membro da Associação brasileira e internacional de críticos de arte e Member da Bow Art Internationa
Helena Falcão disse... Para adquirir este livro, visite a página

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segunda-feira, 23 de maio de 2011

EMBRIÃO DE UMA NOVA ESQUERDA




Origens do movimento espanhol revelam busca de pós-capitalismo e esforço para superar velhas formas de centralização. Há avanços e limites
Por Antonio Martins
Com pesquisa de Luís F. C. Nagao
Se em 1989 caiu o muro de Berlim, em 2011 caíram todas as formulações sobre o fim da história e a falta de interesse dos jovens pela política. As mudanças no mundo árabe e a piora nas condições de vida com ausência de perspectiva na Europa estão gerando processos de luta social intensos e, sobretudo, inovadores.
O caso espanhol é significativo. O uso da internet como forma de comunicação direta entre os que os que rejeitam as lógicas do capitalismo não é novo. Em 2004, mensagens em massa, trocadas por celular, desconstruíram uma tentativa do então primeiro-ministro, José Aznar, para manipular atentatos terroristas e assegurar vitória eleitoral. Em 2006, houve mobilizações por casas dignas. Em 2010, greve geral contra os ataques do governo a direitos trabalhistas. Há poucos meses, o ciberativismo mobilizou-se contra a chamada “Lei Sinde”, que, a pretexto de defender a propriedade intelectual, restringe a troca de músicas, vídeos e outras criações culturais via internet.
Nas últimas semanas, esta rica história de ações ajudou a propagar de forma muito rápida duas iniciativas que desembocaram na ocupação, pela juventude das praças centrais de mais de duzentas cidades – inclusive Madri e Barcelona. São elas: o movimento Juventude sem futuro e a convocatória da Democracia Real Já
Juventude sem futuro é uma agrupação de associações universitárias que vem ganhando destaque por lutar contra a mercantilização do ensino e as contra-reformas trabalhista e no sistema de aposentadorias (aumento da idade mínima para receber os benefícios e redução de seu valor). As mudanças na lei trabalhista aumentam a precariedade dos contratos e reduzem o poder dos sindicatos, ao limitar as negociações coletivas conduzidas por eles. A taxa de desemprego juvenil está em 40%.
Mas a elitização do ensino foi, talvez, o fator que detonou a atual mobilização. O acesso à universidade torna-se cada vez mais restrito. Prioriza-se investimentos que formam uma elite – em geral direcionada para postos em grandes empresas – e deixa-se à míngua cursos menos diretamente relacionados com o mercado. Em 7 de abril, milhares de estudantes foram as ruas de Madri e mais dez cidades, em protesto contra mais uma rodada de ataque aos direitos sociais

terça-feira, 10 de maio de 2011

MESTRE E DR PELA UNIVERSITÉ DE PARIS I, COMENTA ENSAIO DE MEMBER DA BOW ART INTERNATIONAL

PARQUES TEMÁTICOS E PÓS-MODERNIDADE
Parabenizo a professora Diomira Faria pelo excelente trabalho que vem desenvolvendo sobre um tema que merece uma ampla discussão: as manifestações pós-modernas e o turismo, e um associação dos parques temáticos com a pós-modernidade.
Quando falo de um tema que merece uma ampla discussão refiro-me à querela moderno/pós-moderno.
Sem querer me alongar no texto pensamos nos Ciclos da História da Arte onde estudamos os períodos arcaico, pré-clássico, clássico, helenístico, ou românico, gótico, gótico flamejante, ou pré-renascimento, renascimento, barroco e outros tantos ciclos que se repetem segundo uma noção estética muito bem desenvolvida pelo filósofo-professor Jean François Lyotard em seus cursos sobre o Belo e o Sublime nas salas da Sorbonne em Saint Denis, Paris VIII.
Outra batalha importante no século XX foi travada nas Universidades Européias e Brasileiras: os arquitetos e os artistas se insurgindo contra o ensino acadêmico ministrado nas Escolas de Belas Artes de Paris e do Rio de Janeiro.
Esta querela precede a atual tão bem definida pela professora Diomira Faria: turismo moderno x turismo pós-moderno, tomando como base os parques temáticos. Realmente,os parques temáticos são uma associação com a pós-modernidade.
No modernismo tivemos um turismo de massa homogênea e no pós-modernismo o turista não faz parte desta massa homogênea da população, com o crescente desprestígio do turismo de massa.
As viagens tendem, cada vez mais, a serem personalizadas. O cliente escolhe seu roteiro, reúne alguns amigos e amigas e traçam as etapas desejadas para suas viagens. Dirige-se então a uma agência de turismo para contratar seus serviços. Isto seria inimaginável no período moderno quando predominavam os pacotes turísticos.
Os parques temáticos caracterizam este período do turismo internacional. São numerosos os exemplos para serem lembrados em tão poucas linhas.
A interpenetração dos ciclos históricos é bem definida pela professora Diomira Faria quando ela afirma que os “parques temáticos são fenômenos com raízes na modernidade, servindo a um consumo de massas, com o qual é necessária uma rígida estrutura e uma ênfase na racionalização”. Cita a Disneyização e a McDonaldização como fenômenos modernos inseridos em um mundo pós-moderno.
Tópicos abordados pela professora Diomira, como compressão do tempo em um espaço determinado, consumo e lazer, hiperrealidade, lugares paradigmáticos, progresso tecnológico mereceriam uma análise posterior.
Bem lembrada a citação feita pela professora Diomira do livro de Harvey, Pós-Modernidade (1990): “o pós-modernismo não é uma descontinuidade em relação ao modernismo, e sim diferentes manifestações da mesma dinâmica subjacente”.
Concordo plenamente com a professora Diomira: trata-se de uma oferta moderna para uma demanda pós-moderna.
Rio de Janeiro, em 10 de Maio de 2011.
Roberto Cavalcanti
Arquiteto / Urbanista
Professor Doutor FAU-UFRJ
Mestre e Doutor pela Université de Paris I, Panthéon, Sorbonne